sexta-feira, 17 de agosto de 2007

(dis)PenSe!

Das mentes mais confusas que já mergulhei,
Dos erros mais imperdoáveis que consegui relevar,
Das mentiras sinceras que pude acreditar,
De todos os passos que reinventei,
Nos meus ouvidos,apenas tuas frases atropeladas ecoam nessas circunstâncias.

Partindo do pressuposto que nada disso adiantará,
Enquanto esse medo covarde ainda estiver latejando,
Evito o desespero,e sigo em frente;
Assim como me ensinaste.
Assim como querias que fosse,
Caso essa dúvida não tivesse se alojado em mim.

E agora eu erro na mesma proporção
Que um dia erraste comigo.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

3x4

Eu,inundada de tantas emoções e paixões violentas,
A essa altura da vida,ainda não sei quem sou
Decifrar-me é um quase pecado
Pecado de não saber
Não,eu não sou múltipla,
E te garanto: sou poucas.
Sou vírgulas,portas entreabertas,
Rastros de saudade, raios “x” defeituosos.
Talvez ainda nem seja a hora de descobrir,
Pouco me importa.
Afinal tenho ao meu favor
Todos os paradoxos que me compoem

Arquitetura

Queria eu,
Poder levantar estruturas e pinturas
Em torno da nossa existência,juntinhos.
Por que até ontem tínhamos sonhos a serem construidos.

(su)Foco lateral

Hoje acordei com a estranha sensação de que meu quarto estava cheio de entulho.Tentei reparar em tudo:mobília,lençóis e até indefesos enfeites na prateleira.E mesmo observando cada detalhe,não vi aonde se encontrava o agente dessa sensação.Tentei enxergar pela janela os primeiros raios de sol que aos meus olhos trariam um pouco da luz necessária,afastei as cortinas imediatamente.Ainda sem visualizar em qual quina das extremidades poderia estar o aglomerado,senti-me sufocada.Resolvi olhar ao meu redor novamente,e de imediato achei a resposta.
Não,dessa vez o que me incomodava não era meus pequenos objetos espalhados,nem roupas dobradas em cima da cadeira,nem as fotos dependuradas no meu painel:Eram as paredes que estavam tão impregnadas de você.
E antes que pudesse pensar no que faria ao decorrer do dia,pensei:”Meu Deus,como isso me maltrata”.

domingo, 8 de abril de 2007

Porporção

Se os sonhos do homem ja nao fazem sentido,
Ainda resta o limite da paciência que procura
Nos bolsos,um espaço para carregar as esperanças

Por que o coração,este sim,além da dor
Não carrega mais nada.

Saudade desmedida
Medida incomum.